O CANIÇO FERIDO



“Nossos livros podem vir a ser vistos de onde nós mesmos nunca ouviremos falar. Esses conseguem pregar onde o autor não consegue, e (mais ainda) quando ele não estiver presente”.
Tal predição, feita por um grande puritano, teve muitos cumprimentos. Um clérigo galês ímpio, fazendo compras numa feira no século dezoito, adquiriu um artigo que veio a ser embrulhado numa página rasgada de um velho fólio puritano.
A leitura daquela página o levou à conversão sadia. Como disse Lutero: “Satanás odeia o uso das penas de escrever”, e nunca as penas foram mais poderosamente manejadas na causa de Deus do que pelos teólogos puritanos do século dezessete. Nem seus livros viveram mais do que sua utilidade. Ainda que os volumes originais estejam gastos pela idade, as verdades neles encontradas são tão novas quanto os novos formatos nos quais estão eles agora aparecendo.

Não há introdução melhor aos puritanos do que os escritos de Richard Sibbes, que é, em muitas maneiras, um puritano típico. “Sibbes nunca desperdiça o tempo do estudante”, escreveu C. H. Spurgeon, “ele espalha pérolas e diamantes com ambas as mãos”.

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